O corset, palavra francesa que significa espartilho, entrou definitivamente no guarda-roupa feminino em 2019, apesar de aparecer em looks já há algumas temporadas. E, com certeza, será peça-chave de looks em 2020, ajudando a modelar a silhueta e afinar a cintura.
Mas se a peça foi adicionada à vestimenta feminina nos séculos 14 e 15, para que a mulher mantivesse a postura ereta e, até o começo do século 20, chegava a machucar, virando símbolo de opressão feminina, a moda atual a atualizou. Como os anos 1980 e 1990 estão de volta, o corset vem junto quase com o significado dados naqueles anos. A estética punk, pelas mãos de Vivienne Westwood, o colocou como símbolo de transgressão.
O mesmo aconteceu nos anos 1990, como os looks usados por Madonna. Quem não se lembra do icônico espartilho desenhado para ela por Jean-Paul Gaultier, para a turnê Blond Ambition? Ou seja, no lugar de oprimir e até machucar, num ideal de beleza quase impossível, como aconteceu até o começo do século passado, a peça entra na terceira década do século 21 como um item até de emancipação feminina.
Vem por fora da roupa, pode ser peça única ou funcionar como uma terceira peça, na mesma cor ou em tom contrastante. Tudo para dar um recado: “o corpo é meu e eu me visto como quero”. Vai a festas, em vestidos de gala, ou pode combinar com looks esportivos.Pode ser mais pontudo na frente ou apenas modelar, sem “sofrência”, o corpo da mulher.
Marina Ruy Barbosa, Paolla Oliveira e Giovanna Ewbank mostram versões atualizadas dos corsets, para compor looks nada monótonos.
#ficaadica1: Na hora de comprar o corset, observe bem se não aperta demais, o que prejudica os movimentos, e se não faz saltar gordurinhas.
#ficaadica2: Lembrando que o corset foi criado na Idade Média e era feito com barbatanas de baleia. Na época, era usado também por fora das roupas, mas com a intenção de manter a postura ereta. Anos mais tarde, virou peça íntima.
#ficaadica3: O corset por cima da roupa faz parte do estilo boudoir, termo usado para designar quarto para a mulher se vestir. Até o começo do século 20, era usado por baixo das roupas para moldar a cintura.
#ficaadica4 Foi Paul Poiret o primeiro que criou um vestido reto, em 1906. Anos depois, com a Primeira Guerra Mundial, as mulheres precisaram trabalhar fora, por causa da mão de obra escassa. A partir daí, a liberação do espartilho foi geral, culminando com a silhueta reta e soltinha, que caracteriza os anos 1920.
Marina Ruy Barbosa
Marina Ruy Barbosa usou peça tipo corset em azul e branco, que ajuda a marcar cintura. Combinou com calça branca de cintura alta, dando um ar leve e fresh ao visual. O corset é da House Of CB e custa 89 dólares, cerca de R$ 370. Outra tendência atual é a microbolsa, como a usada por ela, da grife Jacquemus.
Paolla Oliveira
Para deixar o look todo branco mais estiloso e sem monotonia, Paolla Oliveira apostou na peça modelo overbust, ou seja, inteiriça em versão tomara que caia. É da Madame Sher. Trata-se do modelo “Neo Victorian”, de R$ 1.480, com aplicação de renda na parte de cima.
Veja como corset ajudou a delinear a silhueta, valorizando a cintura, ao ser colocado por cima do vestido de mangas bufantes. Para finalizar, sandália também branca e rabo de cavalo baixo.
Giovanna Ewbank
Giovanna Ewbank publicou essa foto em sua conta no Instagram para anunciar que representará no Brasil todas as princesas da Disney. O look escolhido foi uma versão moderna dos antigos corsets. O modelo cropped vem com bordados, aplicações e costuras que dão forma à peça. Para completar, tem ainda manga bufante em tie-dye, duas tendências que também prometem adentrar 2020. O look é da Le Lis Blanc.