O assessor e professor de top do calibre de Isabeli Fontana, Fernanda Tavares, Carol Ribeiro, Emanuela de Paula, Michelle Alves e Cintia Dicker realizou um sonho de quase 20 anos: criar sua própria coleção e exibir num evento de moda. E sua estreia nas passarelas foi em alto nível. Levou suas pupilas para mostrar suas peças criadas para Maison Alexandrine, casa de roupa de festa para poderosas. Com exceção de Isabeli Fontana, que desfilou com exclusividade para Fabiana Milazzo, todas pisaram a passarela. A ruiva Cintia Dicker desfilou até mesmo o vestido batizado com seu nome, um preto evasé, na altura dos joelhos.
As demais meninas também são ou foram alunas de Dinho, que para sua estreia como estilista, inverteu as ordens do nome e sobrenome. “Quis valorizar meu nome de família”, contou no backstage”. Ele inspirou o personagem Visky, vivido por Rainer Cadette, em Verdade Secretas, da Globo. O próprio Dinho preparou o ator e deu aula para as demais atrizes. “Quando morava no Recife, mandei um projeto de moda para o extinto Phitoervas Fashion, todo em tressê, resgatando o artesanato do Nordeste. Não me chamaram, mas mesmo assim vim para São Paulo estudar moda. Passei no Senac e fiz só dois meses, porque não conseguia pagar. Comecei a trabalhar em agências de modelos e dar aula para as iniciantes. Era 1999, por isso, ensinei muitas modelos que hoje já são veteranas.”.
Quando Alexandra Fructuoso o convidou, em setembro do ano passado, a criar uma coleção de prêt-à-porter para a loja, em setembro do ano passado, seu passado voltou à cabeça. “Por isso, elaborei essa coleção chamada Tressê, relembrando aquele velho projeto do Phitoervas Fashion”. Ele batizou cada uma das peças com nomes importantes de mulheres de sua vida: mãe, tia, professora e, claro, as modelos. “Só a Cintia usou o vestido ‘dela”, por uma questão de sequência na passarela”.
Todas as peças foram feitas com o tressê, de gorgurão de cetim, O trabalho manual de tear é do próprio Dinho, realizado em bastidores enormes. Um dos vestidos levou 8 bastidores do trabalho de fitas trançadas”, contou ele, que terminou a última peça apenas duas horas antes do desfile. “Eu fiz os tramados, mas alfaiates e costureiras confeccionaram as peças sob minha supervisão”, afirmou.
Fernanda Tavares abriu o desfile, com um vestido claro, e Carol Ribeiro terminou com uma calça e blusa com enfeites dourados na frente. No meio da apresentação, Emanuela de Paula puxou uma fila de modelos com peças verdes de tressê. As demais cores são basicamente em preto, branco, off-white e rosé, mas escolhi o verde-oliva, para agradecer Cristo, que passou seus últimos momentos no monte das oliveiras. Sou muito cristão”, confessou.
Transparência e flores de tressê também apareceram em meio aos 28 looks mostrados. Todo muito certinhos e bem acabado para festas, casamentos e eventos em que a mulher aposte na qualidade, elegância e na sofisticação sem exigir looks muito diferentes ou criativos…