Por Rosângela Espinossi
Hoje seria dia da coluna Melhores&Piores, mas resolvi colocar no lugar os looks de Fernanda Lima no programa Amor&Sexo. Nesta quinta-feira, ela lacrou mais um vez ao abordar o tema diversidade, dando voz a travestis, drags e “bichas”, entrevistando o diretor documentário “Bicha”, Marlon Parente, e dando espaço para performances de artistas que denunciam, por meio do humor ou não, a violência contra os homossexuais e travestis.
Além de Mauro Parente, a drag queen Kaya Conky, Liniker, Pabllo Vittar, Assucena Assuncena e Raquel Virgínia (do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira), MC Linn da Quebrada e outros artistas militantes da causa LGBT participaram do programa. “Uma luta em que nem as purpurinas e as lantejoulas escondem as mortes e os hematomas que a violência do preconceito e a discriminação deixaram e ainda deixam nessa comunidade. Uma luta de todos que acreditam na igualdade de direitos civis, na liberdade, da diversidade, da paz e do amor”, disse a apresentadora.
Na plateia, travestido de drag, o marido da apresentadora Rodrigo Hilbert, que se revelou no final e disse “Essa criação machista é o que a gente não leva pra nossa casa hoje. Não passo nada de machismo para os nossos filhos e aprendo muito com a minha mulher e com esse programa, que está mexendo com o Brasil.”
Por essas e outras e por ainda estarmos na semana do Carnaval, em que muitas “purpurinas e lantajoulas” deram o tom à folia, que muitas vezes escondem a realidade misógina e machista deste Brasil, escolhi separar os looks de Fernanda Lima para a apresentação do programa. Uma prova de que “fantasia” pode servir de meio para expor a realidade nua e crua de assuntos relacionados a “Amor & Sexo”, seja abordando, feminismo, violência feminina, juventude e velhice, machismo ou diversidade. Parabéns, Fernanda!!!
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Fernanda Lima com body todo bordado e peruca com enfeites iguais, tudo para falar de diversidade de gêneros.
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Para falar de sexo e idade, Fernanda apareceu primeiro numa roupa meio “empoeirada”, para depois surgir com esse macacão segunda pele todo bordado com vidrilhos. Cabelão black power e make que a deixaram com algumas rugas. Tudo idealizado pelo estilista Dudu Bertholini.
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Para falar de saúde e sexo, a apresentadora usou um macacão justo com desenhos geométricos coloridos. O mais legal é que assuntos sérios como doenças sexualmente transmissíveis, excesso ou falta de sexo ganham roupagem alegre e colorida. Uma mensagem que chega diretamente ao público jovem.
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Para falar de machismo, Fernanda colocou chapéu e roupa com corset de couro, numa inspiração vinda da indumentária dos caubóis. Sim, homem chora.
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Bom gente, o paletó com ombreira pontuda e superdecotado é bem bacana e pode compor looks de festas. Mas, fala sério, alguém prestou atenção na roupa dela entrevistando o Paulo Zulu de sunga?
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O blazer de couro foi usado com um choker prata, tendência em alta, mas indicada apenas a quem tem pescoço longo. A combinação com decote em V ajuda a alongar.
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No programa de estreia, dia 26 de janeiro, o tema foi feminismo. Fernanda usou um body com paetê de acetato em escama de piranha, também idealizado por Dudu Bertholini. “Nós fizemos uma mulher guerreira, com uma meia arrastão, gargantilha, unhas grandes como garras e as joias todas gráficas, pontiagudas, agressivas, uma bota até o alto da coxa toda de patchwork, então tudo ajudou a dar essa força, mas, ainda assim, com muito charme e sensualidade”, disse o estilista ao GShow.