Os desfiles primavera-verão 2019 de alta-costura, em Paris, terminaram nesta quarta-feira (23) trazendo algumas tendências que devem ser logo logo incorporados ao prêt-à-porter. Sem perder seu principal requisito – peças únicas, produzidas e bordadas à mão – grifes como Chanel, Dior, Armani Privé, Givenchy, Elie Saab, Iris Van Herten, Stephane Rolland, Viktor&Rolf, Giambattista Valli foram algumas que apontaram uma moda que foge dos padrões de tapetes vermelhos e até de casamentos.
A Chanel, por exemplo, criou a Villa Chanel no Grand Palais, com direito a jardim estilo mediterrâneo e uma grande piscina. Karl Lagerfeld, alegando cansaço, não compareceu para os aplausos finais, fato inédito nos último 30 anos. A modelo Vittoria Ceretti fechou a apresentação com look de noiva que consistia em maiô todo bordado em prata e touca de natação como enfeite de cabeça nupcial, de onde sai o véu. Tem coragem de usar? Pois saiba que a grife foi uma das precursoras do retorno das pochetes em 2014. Quem sabe, daqui um tempinho, noivas em trajes de banho serão comum.
O maiô talvez seja mais difícil para ser aceito no altar, mas pode ter certeza que a touca é um dos acessórios que devem virar tendência. A Dior, cuja diretora criativa Maria Grazia Chiuri, levou o tema “O Circo Dior Chega à Cidade”, também apostou em looks com toucas, inspiradas no figurino de trapezistas. Todos os looks vinham com o acessório, inclusive um vestido branco, que remetia a uma noiva.
Chapéus desconstruídos foram um dos temas principais da coleção da grife Armani Privé. Modelagem amplas foram vistas na maioria das apresentações, seguindo uma das tendências que chegou à moda há algumas temporadas e promete ficar por mais tempo. As mangas ganham destaque nos looks, mas alguns trabalhos que podem ser comparados a verdadeiras obras de arte também foram marcantes nos desfiles, como a magnifica coleção de Iris Van Herpen, com um suntuoso trabalho em 3D.
Mas houve também looks-protestos, como os propostos por Viktor & Rolf, com palavras como “No” bordadas de forma gigante sobre saias e vestidos de silhueta cônicas. Confira algumas das propostas.
Dior
Corpetes, modelagem largas e toucas compuseram alguns dos looks da Dior, que levou o circo à alta-costura.
Chanel
A modelo Vittoria Ceretti fechou o desfile da Chanel com look de noiva formado por maiô, touca e véu.
Os cabelos propostos pela Chanel foram penteados para cima e o make dos olhos bem carregados.
Iris Van Herpen
Um dos trabalhos apresentados pela estilista holandesa Iris Van Herpen é suntuoso, feito com painéis de seda tingida de vermelho e branco. Os painéis são finalizados com detalhes em preto e unidos a quente de forma a criar esse aspecto em 3D. O look lembra, de acordo com a criadora, um pássaro híbrido.
Armani Privé
Se Chanel e Dior apostaram em toucas, Giorgio Armani, para sua linha Privé, levou chapéus desconstruídos, cobertos com franjas finas de seda, com cristais, que lembram joias.
Giorgio Armani posa com as modelos após o desfile, que teve como cores principais o azul, o vermelho e o preto
Givenchy
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Look da Givenchy traz cintura marcada com detalhes vermelhos, transparência na saia e ênfase nas mangas
Giambattista Valli
Giambattista Valli fez uma homenagem aos antigos ateliês de Paris, que definiram a silhueta feminina, como as cinturas mais finas e saias bem amplas.
Elie Saab
Body e blazer com aplicações de brilho foi uma das propostas de Elie Saab, um dos queridinhos dos tapetes vermelhos. Claro que na vida real, dá para colocar uma saia sobre o body para brilhar na festa.
Alexis Mabile
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Estrutura de asas ganham forma neste modelo proposto por Alexis Mabille para alta-costura francesa.
Stéphane Rolland
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Modelagem de saias e mangas amplas são algumas das propostas vistas na semana de alta-costura, como neste modelo de Stephane Rolland, que amenizou o excesso de tecido com a transparência.
Viktor & Rolf
Os looks amplos, com saias de tule em camadas ou vestidos cônicos, propostos pela dupla Vicktor & Rolf, vieram com frases e palavras como “No” e “No Photos Please”. Proposta deve pegar nos tapetes vermelhos, em época de protestos e conscientização em relação às diferenças.