Num momento pandêmico no qual não se pode brincar com vida ou morte, e isso tem muito a ver com contato social, o trabalho do consultor de imagem, muitas vezes físico, precisa passar por reformulações. Pelo menos por agora. A adequação às novas dinâmicas de mercado não diminuem o resultado do planejamento da imagem física ou jurídica. De fato, novos rumos serão seguidos.
Em conversa muito informal e informativa com Juliana Bacellar, da JB Academy e da Federation of Image Professionals International Brazil (FIPI Brazil), refletimos sobre as novas técnicas que serão construídas através desta nova realidade. As relações interpessoais passarão por mudanças e estratégias irão surgir a partir das necessidades de cada segmento de trabalho. No momento da quarentena, o grande trunfo estratégico é realmente tirar um tempo para se conhecer. Fisicamente, com ajuda do espelho, mas, acima de tudo, encontrar um momento para você se conhecer internamente. Buscar sua fortaleza e a partir dai reconstruir seu estilo, mudá-lo ou simplesmente seguir como estava, satisfeita(o).
Nesse processo de autoconhecimento geral, físico e psicológico, você começa a descobrir suas inseguranças e também num processo de mudança transformar essa característica física, por exemplo, num impulso para você se assumir como é, usar a moda em seu favor e, principalmente, se sentir realizada(o) através da moda. Através das roupas que comunicam nossos gostos e comportamentos retratamos muitas vezes intimidades da imagem.
No momento da quarentena, o grande trunfo estratégico é realmente tirar um tempo para se conhecer.
Nesse sentido, o papel do consultor de imagem começa a ser mais empático. Mas não só na teoria superficial. O profissional se coloca no lugar da(o) cliente e começa a tentar entender esse universo, que muitas vezes não pertence ao seu cotidiano. Aí entra a capacidade de interpretação e isenção do profissional, quando ele começa a compreender o real desejo do outro. O resultado, aqui, transparece na realização e satisfação do cliente e mais ainda numa meta atingida, muitas vezes não sendo a imagem final aquela que tem a ver com os gostos do consultor. Aí está a capacidade de se colocar no lugar do contratante e, acima de tudo, entender os seus desejos enquanto ser humano.
Agora a falta de tempo não mais é usada como desculpa. O consultor de imagem também reestrutura sua forma de atender, entender e de como se comportar diante das mudanças de mercado. Ainda estamos compreendendo tudo isso para chegarmos a um consenso. Mas se existe uma unanimidade é que o formato precisará de adaptações. E como o ser humano é mutável podemos esperar por bons resultados.
Arlindo Grund, apresentador do Esquadrão da Moda do SBT, consultor de moda e nosso amigo, dá dicas todas as semanas aqui no “Elas No Tapete Vermelho”. Veja mais conselhos do expert no site www.agrund.com.