O SPFW (São Paulo Fashion Week) acaba de divulgar as datas dos desfiles de 2025, que marcam a comemoração dos 30 anos do evento, a mais importante semana de moda do Hemisfério Sul. As edições deste ano acontecerão de 7 a 10 de abril (N59) e de 14 a 19 de outubro(N60), com desfiles no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, no Shopping Iguatemi, no Shopping JK e em lugares icônicos da capital paulista.
A organização não divulgou se o evento colocará ingressos à venda, como ocorreu nas últimas edições, nem o número de desfiles em cada edição. “O São Paulo Fashion Week foi lançado como um projeto visionário, moldando o panorama da moda no Brasil. Pensado como um projeto de longo prazo, em três décadas consolidou um calendário para a moda brasileira, tornando-se uma referência global. Construiu uma cultura de moda vibrante e diversa no país, abraçando a inovação sem perder de vista nossas tradições”, afirmou o material divulgação.
O evento começou em 1996, sob as marquises do Parque Ibirapuera, e se chamava Morumbi Fashion. Na época, o Shopping Morumbi era o patrocinador principal. Em 2001, o evento passou a ser denominado como São Paulo Fashion Week, ou apaenas SPFW. Nomes como Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio, Isabeli Fontana, Raica Oliveira, Carol Ribeiro, Luciana Curtis, Ana Claudia Michels, entre outras top models, estavam no começo da profissão, tendo o evento como uma alicerce para suas carreiras, que estouraram mundo afora. Gisele Bündchen fez o último desfile de sua vida no SPFW em 2015, para a grife Colcci.
Marcas como Forum, Zoomp, Cia Marítima, Rosa Chá (ainda sob a tutela de Amir Slama), Ellus eram algumas das atrações da semana de moda, assim como outros marcas de estilistas que moldaram a moda brasileira nos últimos 30 anos. Entre eles, Alexandre Herchcovitch, que voltou ao evento na última temporada; André Lima, Ronaldo Fraga, com seus desfiles-manifestos, Gloria Coelho, Reinaldo Lourenço e Lino Villaventura, que continua a se apresentar no SPFW.
“Ao longo desses 30 anos, testemunhamos mudanças profundas na economia, na sociedade e no comportamento do consumidor, redefinindo o mercado, os negócios e a moda. Da passarela às redes sociais, abraçou novas tecnologias que redefiniram a maneira como criamos, consumimos e compartilhamos moda. Liderou o caminho na promoção da equidade racial e da diversidade de corpos, identidades e culturas, refletindo a pluralidade do Brasil”, lembra o material de divulgação.
Na edição de 25 anos, em outubro de 2020, que foi totalmente virtual, por conta da pandemia, o SPFW instituiu que pelo menos 50% dos modelos deveriam ser negros, afordescentes ou indígenas. Determinação que perdura até hoje e que já foi incorporada pelas grifes. “Ao estabelecer um modelo único e pioneiro no mundo, antecipou movimentos que hoje ganham adesão global, como sustentabilidade, inovação, novas economias, diversidade e inclusão, contribuindo para uma nova visão da moda, mais alinhada com as necessidades e desejos do século 21”, acrescentou o material de divulgação do SPFW, que tem Paulo Borges como diretor criativo, desde sua criação.
Nestes 30 anos, o SPFW já recebeu investimentos que superam R$ 1 bilhão, mais de 3 milhões de pessoas e a transmissão de seus conteúdos pela TV e Internet alcançou mais de 1 bilhão de pessoas em cerca de 100 países.