A final do Miss Universe Brasil 2024 está marcada para quinta-feira (19), no Teatro Gamaro, em São Paulo. São 27 candidatas no concurso de beleza e a que receber a coroa representará o país no Miss Universo, em novembro, no México.
Gabriele Marinho é uma das concorrentes, representando Alagoas. Nascida em Maceió, começou a participar de concursos aos 12 anos. Aos 17, venceu o Miss Teen Brasil e, logo depois, o Miss Teen World, nos Estados Unidos. Em sua carreira como modelo, tem no currículo desfiles para marcas internacionais badaladas, como Versace e Hugo Boss.
Em entrevista exclusiva ao Elas no Tapete Vermelho, comentou sobre a fama de “supérfulo” que acompanha o concurso de Miss Brasil. “Acho que quem tem essa visão não acompanha de fato o que é ser Miss. Por fora, pode parecer supérfluo, mas é importante reconhecer o impacto significativo que ele pode ter. Os concursos dão a oportunidade de divulgarmos grandes causas e fazermos a diferença em várias áreas sociais, além de representar a cultura da nossa região de origem. Ser Miss também nos faz desenvolver habilidades de confiança e comunicação.”
Aliás, Gabriele sempre se interessou por questões sociais e direitos humanos. Por isso, começou a faculdade de Direito, em 2021. Foi assim que se envolveu com o projeto Nutrindo Vidas. “É sediado em São Paulo, cujo foco é voltado para a assistência social e jurídica, de famílias, animais, moradores de rua, crianças com deficiência e casa de transsexuais, todos em estado de vulnerabilidade, gerando mais dignidade na vida dessas pessoas”, contou.
Confira a entrevista completa:
Elas no Tapete Vermelho: Qual é a principal diferença na rotina entre modelo e Miss?
Gabriele: Como modelo, nosso dia a dia está muito mais focado nos trabalhos publicitários, representando uma marca, com sessões de fotos, desfiles e etc. Ser Miss é mais que a imagem, que é o que muitas pessoas acreditam, mas também temos uma rotina mais voltada para atividades de impacto social, em que damos voz a assuntos e pautas importantes, além do papel de valorizar e divulgar nosso local de origem.
Conte um pouco do trabalho que fez para a Versace e para a Hugo Boss. Como foi essa experiência?
Trabalhar para marcas tão grandes e conhecidas foi um prazer enorme, eu que desde criança sonhava em trabalhar como modelo, chegar nesse patamar foi algo realmente surreal.
Qual sua rotina para cuidados com corpo, alimentação e mente antes dos concursos de beleza, já que você participou de vários? Mudou algo entre os anteriores e esse atual?
Uma coisa que eu sempre falo é que se cuidar de dentro para fora faz muita diferença, principalmente eu que vivo em meio a esse mundo. Não deixo de fazer meditação e yoga todos os dias, é algo que muda totalmente minha forma de pensar e minha rotina como um todo. Isso com certeza é algo que mudou entre os anteriores e o atual, minha maneira de pensar e cuidar do meu psicológico. Fisicamente, eu sempre faço questão de me hidratar bastante, não só nessa época de concurso, mas acho que o que mais faz diferença no meu corpo/rosto/cabelo é me hidratar. Estou sendo acompanhada também pelo meu médico, Francisco Arrabal Benetti, que montou uma dieta agora para o concurso.
Muita gente acha concurso de Miss supérfluo. O que você diria para essas pessoas?
Acho que quem tem essa visão não acompanha de fato o que é ser Miss. Por fora, pode parecer supérfluo, mas é importante reconhecer o impacto significativo que ele pode ter. Os concursos dão a oportunidade de divulgarmos grandes causas e fazermos a diferença em várias áreas sociais, além de representar a cultura da nossa região de origem. Ser Miss também nos faz desenvolver habilidades de confiança e comunicação.
Você acha que mudou a mentalidade entre as concorrentes de antes e de agora? Se sim, qual a maior mudança?
Acho que, atualmente, houve sim uma mudança na mentalidade, principalmente em questões de inclusão. Hoje em dia, nós vemos uma diversidade bem maior entre as participantes, o que é muito importante para aumentar a visibilidade dos concursos. Esse ano, por exemplo, há mães no concurso, algo que não tinha antes e que muda a imagem do mundo Miss nas pessoas.
Qual o conselho que você dá para uma garota que sonha em ser Miss?
Meu conselho seria para elas acreditarem sempre em si mesmas e irem atrás dos seus objetivos. Sempre mantenham sua personalidade, não mudar o interior para agradar ou buscar aprovações de outras pessoas. Eu mesma passei por muitos obstáculos e “nãos” na minha trajetória, tanto no mundo Miss quanto no de modelo, mas eu nunca deixei de acreditar em mim e correr atrás desses meus objetivos.
Fale um pouco do trabalho no projeto Nutrindo Vidas.
É um projeto sediado em São Paulo, cujo foco é voltado para a assistência social e jurídica, de famílias, animais, moradores de rua, crianças com deficiência e casa de transsexuais, todos em estado de vulnerabilidade, gerando mais dignidade na vida dessas pessoas.