O mineiro Celso Dias faz uma moda política e contestadora desde que começou, há 10 anos, com a marca LED. Para comemorar essa década, reviu algumas criações, principalmente de crochê, além de voltar a pintar à mão algumas peças. Na passarela do SPFW, a deputada trans Erika Hilton abriu e fechou a apresentação.
Iniciou com short, top e blazer com as inscrições “Abaixo o Macho Astral”, uma das frases usadas por Celso na história da grife. E fechou com vestido de crochê branco de pontos abertos. “A moda é um ato político muitas vezes, por isso acho que uma parlamentar que traga consigo a moda como elemento de fazer política é algo inovador no Brasil e, por isso, eu me conecto tanto com ela”, disse em entrevista recente ao Elas no Tapete Vermelho.
Essa conexão é perfeita com o DNA da LED, que levou um casting diverso, como a cantora travesti Pepita, a modelo plus size Letticia Munniz. Vários outros representantes da comunidade LGBTQIA+ também passaram na passarela, incluindo um casal gay, com direito a beijo na boca.
Os crochês voltaram coloridos, com muita franjas, para todos, incluindo sungas. Palavras como “Caguei” e “Tesão” vinham inscritas em algumas peças, sem traumas.