A marca Santa Resistência, de Mônica Sampaio, mostrou um mix potente entre suas imspirações na Espanha, traduzida em música e roupas com referências flamencas, e na umbanda e candomblé, na noite de sáabdo (27), no SPFW. A primeira ideia da estilista, que atuou muitos anos como engenheira elérica, foi na amante de Dom Pedro de Castela I, Maria Padilla (1334-1361), que virou rainha por breve tempo.
Essa força espanhola deu match perfeito com as influências das religiões africanas, representadas principalmente pelo vermelho e preto, também presente na cultura flamenca. Daí, as flores estampadas, bordadas, feitas em trabalhos de matelassê. E, claro, não podiam faltar, cascatas de babados e as rendas, incluindo transparências, tão em alta atualmente.
O desfile começou com looks pretos e vermelhos, incluindo ainda crochê, como num lindo vestido longo e reto vermelho. As flores surgiam além das estampas e enfeitavam cabelos e roupas. Mas nas roupas explodiam de forma maximalista ou se transformavam em delicados desenhos vermelhos, pretas ou brancas, de acordo com a cor de fundo de cada peça.
As performances de modelos como Isabel Hickmann, Vivi Orth, Marina Dias, Carmelita e a ex-BBB Tina Calamba davam vida ao espetáculo, encarnando rainhas espanholas e/ou entidades da umbanda, com a força que as roupas ora delicadas ora potentes pediam.
O ator Demerson D’Alvaro, que representou Exu, na comissão de frente da Grande Rio, no desfile campeão de 2022, foi ovacionado quando performou lembrando o orixá, com uma calça de veludo, camisa de renda e flor vermelha maximalista. Um show, que teve até a apresentação da ex-modelo Nadia Figueiredo, agora cantora, apresentando uma buleria flamenca, ao lado de Fábio Nin, violinista de flamenco.
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