Oscar: figurinos indicados vão do metaverso a roupas de época

A cerimônia do Oscar 2023 acontece neste domingo (12). Há algumas categorias que chamam mais a atenção, com as que premiam o filme, o diretor e os atores, mas outras que não podem passar despercebidas. Uma delas é a de melhor figurino. Os cinco filmes escolhidos este ano para a categoria trazem uma ampla gama de possibilidades para aprender um pouco mais de moda.

Austin Butler como Elvis (Foto: Divulgação)
Austin Butler como Elvis (Foto: Divulgação)

Isso porque três deles retratam décadas passadas, como “Babilônia”, “Elvis” e “Sra. Harris Vai a Paris”. Além deles, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre”, mesmo sendo uma história de heróis, traz elementos fashion históricos e looks recheados de signos. E o indicado 11 vezes “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” mistura roupas atuais com as do metaverso, trend que tem feito a cabeça dos tiktoker e dos gamers.

Confira alguns detalhes dos figurinos dos cinco filmes

Babilônia

Babilônia (Foto: Divulgação)
Babilônia (Foto: Divulgação)

As roupas do filme, estrelado por Margot Robbie e Brad Pitt, são um show à parte na história que conta a ascensão e queda da antiga Hollywood dos anos 1920, quando o cinema mudo passava para o falado. Ambições e excessos se misturam nesse filme, cujo figurino é assinado por Mary Zophres,  responsável também pelo figurino de “La La Land: Cantando Estações”, para o qual foi indicada em 2017.

Pantera Negra: Wakanda para Sempre

Pantera Negra: Wakanda para Sempre (Fotos: Divulgação)
Pantera Negra: Wakanda para Sempre (Fotos: Divulgação)

Com referências africanas e pré-colombianas, o figurino do filme da Marvel vem cheio de signos. A figurinista Ruth Carter, indicada quatro vezes e a primeira negra ganhar um Oscar, pelo primeiro “Pantera Negra”. Depois de fazer uma incursão pelo continente africano, a designer americana foi buscar inspiração em cerâmicas de sítios arqueológicos de Yucatán, no México, e em hieroglífos maias dos séculos 11 e 12, para criar as roupas usadas pelo povo do reino subaquático de Talokan, que fugiram de colonizadores europeus.

Elvis

Elvis (Fotos: Divulgação)
Elvis (Fotos: Divulgação)

Foram feitos nada menos que 9 mil figurinos para o filme, sendo 90 para o protagonista vivido por Austin Butler. A figurinista teve a ajuda de Miuccia Prada para a reinterpretação das roupas tanto da éppca quanto do próprio Elvis. “Precisava ficar claro para o público de que o Elvis dos anos 1950 era um rebelde. Ele foi o punk de sua geração, algo novo e chocante, e sua sexualidade fazia parte disso. Hoje, a gente tende a pensar no estilo de Elvis nos anos 50 como algo clássico e mais tradicional, então foi preciso entender as referências históricas, mas reinterpretá-las de uma forma que enfatizasse sua sexualidade”, disse a figurinista Catherine Martin, em entrevista à revista Vogue americana.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Fotos: Divulgação)
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Fotos: Divulgação)

A stylist Shriley Kurata, que já vestiu Billie Eilish, mistura o mundo real e o metaverso no figurino do filme que foi indicado nada menos que 11 vezes ao Oscar, teve um mês e meio para se preparar para o trabalho e pensar nos mais de 100 looks do filme, como os da “vilã” do metaverso, a personagem Joby Tupaki, interpretada por Stephanie Hsu, que se vestiu de Elvis, com peças em estilo K-Pop, como o casaco enfeitado com ursos de pelúcia do estilista Jeremy Scott, vestido com pérolas e uma gola vitoriana, entre outros. Já a personagem principal vivida por Michelle Yeoh, aparece com roupas normais, como o colete vermelho. O filme conta ainda com Jamie Lee Curtis.

“Sra. Harris Vai a Paris”

“Sra. Harris Vai a Paris” (Fotos: Divulgação)
“Sra. Harris Vai a Paris” (Fotos: Divulgação)

A história do filme tem a moda em seu DNA, já que a protagonista se apaixona por um vestido da Dior nos anos 1950 e vai atrás dele em Paris e fará de tudo para adquiri-lo. A figurinista Jenny Beavan, que criou as roupas de “Mad Max: Estrada da Fúria” e “Cruella”, bebeu na fonte da própria maison francesa, usando referências encontradas em uma cópia do livro de padrões da Dior de 1957, que tinha amostras de tecido, esboços de design e fotos. A partir daí, foram feitas 20 réplicas de vestidos.

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