Superar uma tragédia familiar não é fácil para ninguém. Imagina então presenciar, aos 15 anos, feminicídio cometido pelo seu pai contra sua mãe. A jovem Ana Barbosa, hoje com 23 anos, venceu o luto e hoje desponta no atual seleto grupo de neotps brasileiras.
Natural de Uberaba, Minas Gerais, Ana já foi listada no disputado ranking “Top Newcomers”, do site Models.com. E sua carreira internacional está marcada pelo sucesso. Já desfilou com exclusividade para a Prada, abriu o fashion show de Elie Saab e fechou a apresentação de alta-costura da Dior.
Com um currículo meteórico – repleto de trabalhos para outras diversas marcas prestigiadas, como Fendi, Miu Miu, Marc Jacobs, Loewe e Dolce & Gabbana, entre outras – a brasileira fincou o pé no pódio da moda internacional.
Tragédia e superação
A trajetória, porém, foi repleta de desafios. O feminicídio familiar marcou a jovem para sempre, a fez batalhar ainda mais para ultrapassar barreiras e conquistar sonhos e objetivos.
“Quando a pessoa que eu via com mais alegria na vida se foi, tive que tirar algum aprendizado disso tudo. A dor nos ensina muitas coisas. Hoje, busco usar a carreira como plataforma para trazer representatividade e para compartilhar histórias de superação que possam inspirar”, afirmou a jovem.
A reviravolta profissional aconteceu em 2017, quando foi revelada pela Another Agency, de Anderson Meyer e Luiz Prett. Desde então, Ana vem consolidando uma carreira notável na moda. A bela coleciona ainda capas de publicações renomadas como Vogue, Harper’s Bazaar, Numéro, Grazia e The Sunday Times. No Brasil, foi destaque em diversos desfiles da São Paulo Fashion Week.
“Comecei a me interessar pela carreira de modelo quando frequentava um curso de moda na minha cidade. Assim que terminei o ensino médio, decidi me mudar para São Paulo e tentar ingressar no mercado”, contou
Atualmente dividindo-se entre Londres, Paris e Nova York – e com passagens por dezenas de países em todo o mundo – Ana Barbosa concilia a atuação na moda com ações que causem impacto na sociedade, como a realização da “sopa solidária” que ajuda a viabilizar mensalmente, alimentando pessoas em situação de vulnerabilidade.