Wanessa Camargo participou na manhã dessa terça-feira (23) de um bate-papo sobre Misticismo e Moda durante o Salão Casamoda – Verão/Resort 2023, cujo tema é Tropicalismo e que termina na quinta (25). Ao lado dela, a estilista capixaba Maria Sanz, que tem uma confecção especializada em quimono. Durante a conversa, Wanessa disse que está num momento especial da vida, se libertando de amarras que tinha nos últimos anos e que o autoconhecimento a ajudou muito a conquistar essa liberdade.
A cantora, filha de Zilu Godoi e Zezé Di Camargo, separou-se em maio do empresário Marcos Buaiz, após 17 anos juntos. De lá para cá, fez algumas mudanças no visual, como deixar os cabelos loiros. Na ocasião, escreveu: “Apaixonada pelo meu novo visual pelas mãos do meu incrível Dougllas Dias! Agora sim tô me sentindo muito shine it on”.
Para ela, a moda é uma das ferramentas que a pessoa tem para mostrar sua identidade. “Eu comecei na música com 17 anos. E fui descobrindo minha identidade ao longo do tempo. E ainda estou descobrindo”, afirmou. Acrescentou ainda que é preciso olhar para dentro da gente e não se importar com que os outros vão pensar. “Estou ridícula, mas vou sair assim mesmo”, deu como exemplo. Não foi o caso do look que usou no evento: um vestido longo com estampa paisley de fundo escuro e botas de salto alto quadrado, bem ao estilo boho chic, que está em alta no momento. O look com decote em V ajuda a alongar a silhueta.
A cantora lembrou ainda que a moda reflete o estado de espírito de cada um. “Se você estiver mal não olha muito o que veste. Se está bem, a gente se veste para nós mesmos, a começar da lingerie”, disse e confessou que em momentos que não estava muito bem nem ligava para o que vestia. “Era tudo básico e nude. Hoje, não é mais assim”.
Pânico
Para ela, o autoconhecimento é uma jornada sem fim, o que faz a vida nunca ficar estacionada. “Sempre existe um lugar para você ir além. Para mim, isso se intensificou na pandemia e se refletiu em todas os aspectos”. A jornada da cantora também passou pela dolorosa experiência de ter síndrome do pânico, sobre o qual fala abertamente.
Na primeira vez que teve a doença, aos 20 anos, tratou-se com terapia e remédios e, disse, que melhorou, mas o pânico estava escondido. Com a pandemia, o transtorno voltou. Dessa vez, dispensou os remédios e intensificou a terapia e o autoconhecimento. Ela deixou claro, porém, que não menospreza os tratamentos com medicamentos, necessários para diminuir as crises. “Para mim, o remédio apagou o fogo, mas eu precisava ver onde estava o vazamento. Percebi que era um medo enorme de não viver, de não fazer aquilo que eu amava. E não medo de morrer”.
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Segundo ela, quando começou o movimento de saber falar “não” ao outros e “sim” para si mesma, o processo de cura começou aos poucos. “E do ano passado para cá estou me vendo como outra pessoa. O universo se abre”, disse.