Modelo “Japonega” e curvy quebra padrões na moda brasileira

A catarinense Isa “JapoNega” nem pensava em ser modelo até posar de forma despretensiosa para uma amiga, em 2020. Descoberta nas redes sociais por um olheiro, de lá para cá, assumiu o propósito de quebrar padrões e representar a miscigenação da população brasileira. “Sou uma mulher preta e amarela buscando representatividade real na indústria”, afirma a neotop, que também se encaixa na linha curvy, ou seja, fora dos padrões das magrinhas.

Isa "JapoNega" (Foto: Divulgação/Aro Model)
Isa “JapoNega” (Foto: Divulgação/Aro Model)

Nascida em Florianópolis e moradora de Palhoça, em Santa Catarina, Isadora Satie apresenta ainda uma beleza única e personalidade marcante. E traz em suas veias – e até em sua alcunha – a típica mistura de raças do país.

Isa "JapoNega" na Elle (Foto: Divulgação/Aro Models)
Isa “JapoNega” na Elle (Foto: Divulgação/Aro Model)

“Japonega” – apelido que orgulha-se de ressaltar desde a infância – foi revelada pela ARO Model, de Claudio Mignoni. Desde sua descoberta, em plena pandemia até agora, estrelou campanhas para marcas renomadas como Vivara, Pantene, Farm e Natura, além de desfilar na São Paulo Fashion Week e editoriais em publicações prestigiadas como Elle, Marie Claire e Vogue Portugal, além da Vogue Brasil – onde alçou posto de estrela da capa.

Isa "JapoNega" na Vogue  (Foto: Divulgação/Aro Models)
Isa “JapoNega” na Vogue (Foto: Divulgação/Aro Model)

Aos 28 anos, Isadora Satie (“u Isa ‘Japonega’ – me chame como preferir”, reforça sorridente) não tinha nas passarelas e sessões fotográficas sua meta profissional. Ela é formada em Jornalismo e Danças Urbanas e dedicava-se a ministrar aulas em escolas de dança de sua cidade natal, além de ações pontuais em projetos sociais de Florianópolis.
“O trabalho na moda começou quase que de repente. Até então, meu foco era atuar como professora de Danças Urbanas”, relembrou.

Isa "JapoNega" (Foto: Divulgação/Aro Models)
Isa “JapoNega” (Foto: Divulgação/Aro Model)

Hoje alçada ao posto de neotop, Isa “JapoNega”, como o próprio apelido diz, mescla a descendência japonesa às raízes brasileiras, vem conquistando o mercado num cenário que demanda diversidade. “O que mais me move na moda é a necessidade de representatividade real, de mulheres gordas, pretas e amarelas, como eu, além de tantas outras que precisam se enxergar em todos os espaços”, finalizou.

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