A escritora, publicitária e influencer Cris Guerra acaba de lançar a terceira edição ampliada e revista do livro “Moda Intuitiva” (Editora Faro – 288 páginas, R$ 79,90), após cinco anos do lançamento da segunda edição, em 2016 (a primeira saiu em 2013). “Tudo o que eu faço tem a ver com minha realidade. Tenho que sentir na pele para falar de alguma coisa”, disse ao “Elas no Tapete Vermelho”.
Aos 51 anos, Cris não poderia deixar de incluir nesta nova edição dicas para as mulheres mais velhas estarem em paz com o que vestem. Mesmo antes de completar 50 anos, a mineira assumiu seus cabelos brancos e tem se dado muito bem com essa “nova” Cris mais velha. “A maturidade traz a urgência de sermos nós mesmos. Pelo menos as pessoas que amadurecem, o que não acontece com todas. E quando você envelhece amadurecendo, entende que está num mundo em que é responsável pelos seus atos. Por mais que exista uma decadência física, há uma maturidade emocional muito grande na maneira de enxergar a vida”, disse Cris, ao cravar que “a maturidade é uma grande professora de estilo”.
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“O tempo é um aliado, não um inimigo. Ele apura o estilo, refina o humor e nos ajuda a distinguir o essencial do perfeitamente dispensável”, escreve no livro, em que também revela uma palavra que assume importância cada vez maior para ela: o simples. Ela lembra ainda que o maior erro que uma pessoa madura pode fazer em relação á moda é se vestir para o outro e não para si mesma.
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Durante a conversa com o “Elas no Tapete Vermelho”, a escritora acrescentou: “O que a mulher pode fazer a seu favor em relação ao seu estilo é cada vez mais ligar o foda-se e entender que quem está na pele dela é ela e não o outro. É cada vez mais perceber que é ela que se veste. A roupa aperta nela, é confortável nela. A beleza e a maneira como a gente se sente estão intimamente relacionadas a esse bem-estar dentro da roupa. Isso começa pelas sensações, pelas suas escolhas. Começa por você olhar mais com o que você está a fim de vestir e com o que tem a ver com você. É o que eu chamo de se vestir de dentro pra fora.”
“A maturidade é uma grande
professora de estilo”
Na primeira edição do livro, em 2013, Cris conta que estava um pouco insegura sobre o lançamento porque, segundo ela, trazia ideias um pouco novas e ousadas, que estão se concretizando agora. “Hoje fala-se muito mais sobre a gente se vestir do jeito que a gente é”, lembrou. “À medida que fui envelhecendo, isso foi se tornando uma verdade cada vez maior pra mim. Quando fui pensar na nova edição do livro, era impossível fazer isso sem trazer fotos novas. Era natural falar sobre moda madura, como se vestir à medida que a gente envelhece, amadurece. Eu achei que fazia todo o sentido, uma vez que estava sentindo isso na pele e queria trazer essa experiência”, contou ao “Elas”.
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Para incluir esse novo momento no livro, além de seus conselhos e sua vivência, Cris também chamou nove mulheres entre 40 e mais de 60 anos para contar sua relação com a moda. E para o prefácio, convidou Layla Valias, especialista em Economia Prateada. Na publicação, aliás, a escritora lembra que “não é possível que se imaginem as roupas apenas para jovens, como se a partir de determinada idade as pessoas se tornassem invisível”.
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Como sempre, as dicas, conselhos e pensamentos de Cris Guerra nos leva a assumir nosso estilo não importa a idade que se tenha. Ela nos lembra ainda que “chegar à velhice é sinal de que algo esta dando certo. Pelo menos esse é o plano. Uns envelhecem melhor que os outros, mas ninguém caminha na direção contrária”, escreveu. E deixou ainda um recado para os obcecados por tratamentos de beleza, do qual ela não é contra, desde que feitos com moderação. “O que envelhece mesmo é essa obsessão pela juventude”.