A Piet, de Pedro Andrade, levou 4 mil pessoas de graça ao ainda não reinaugurado Pacaembu, agora também Arena Mercado Livre, para encerrar a 59ª edição do SPFW. A coleção, claro, não podia trazer outra inspiração que o futebol.

Ente os mais de 50 modelos estava o jogador de futebol Zé Roberto, ex-Palmeiras e omrapper TZ da Coronel. Todos desfilaram na lateral do campo com grama sintética, e Marcelo D2 no banco de reservas comandando a trilha sonora, não faltaram bermudas, camisetas, jaquetas, camisas e jeans sobrepostos e alguns puídos e com aparência de sujos, como se tivessem acabado de sair do campo, com manchas de terra. A grife fez parceria com a Levi’s e o estilista customizou algumas das peças da marca americana para dar esse aspecto ainda mais esportivo.

O look que abriu tinha a estampa de como se tivesse levado uma bolada. Com a parceria da KidSuper, que já desfilou em Paris, algumas peças como paletós “remendados”, cruzavam o campo com bermudas e meiões.

Bandeiras, caras pintadas, estampas estilizadas de jogadores com a camisa da seleção, alguns sapatos tipo chuteiras, da Puma, além de coletes e calças camufladas, bolsas enormes, que lembram as que carregam bolas nos jogos, criavam ainda mais o clima de partida de futebol.

Em uma das camisetas, a inscrição, como se tivesse sido escrita à mão “Por que sempre eu?”, defilada por um modelo negro. Numa crítica ao racismo, também presente no futebol

Mas tinha mais: cachecóis com inscrições e datas (a partir de 2012, data da criação da marca), bandeiras e até um bateria na arquibancada completavam a “partida”. Pedro Andrade se tornou recentemente designer criativo do Pacaembu. A escolha do estádio não foi, então, aleatória, mas foi um gol e tanto.
