Alexandre Herchcovitch deu um rasante no túnel do tempo ao levar seu desfile no SPFW para a casa noturna Blue Espace, na Barra Funda. O espaço inaugurado em 1996 foi uma opção off-Jardins para a cena gay. Deu tão certo que funciona até hoje com shows de drags e muito mais.

O estilista fez os convidados se sentirem num espetáculo fashion: todos em pé ao lado da passarela alta, onde os modelos entravam com looks que se acendiam com as luzes negras. Os tons de neon chegavam em verde, roxo, laranja, com brilhos aplicados nas roupas, nas meias e nas bijuterias coloridas.

Ao sair das luzes da boca de cena, apareciam as cores verdadeiras, não menos impactantes, nas peças com pegada esportiva, nos vestidos curtos ou longos, nos ternos e nos casacos, além de xadrez, uma estampa que faz parte da história do estilista.

Aliás, os tecidos apresentados também, como as peças de veludo cotelê, o couro e os matérias emborrachados, incluindo ainda cetim estruturado e materiais mais leves, como nos vestidos românticos brancos do final.

Os vestidos emborrachados, também em preto, um deles com recoste no bumbum; as peças floridas, em matérias estruturado, incluído modelo com cintura baixa; e as parkas neon, com ou sem brilho, estão na lista de objetos de desejo fashion.

A modelo Carol Ribeiro fez seu primeiro trabalho após revelar diagnósticos de esclerose múltipla, uma doença autoimune e neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central.

Um dos vestidos de Herchcovitch trazia recortes no bumbum.

Laços também fizeram parte da coleção do estilista.

O neon foi uma das cores predominantes na coleção disco mostrada por Herchcovitch.