Silvia Pfeifer estreia como garota-propaganda da icônica marca de leatherwear (peças de couro) de luxo Frankie Amaury. Nesta terça-feira (25), a loja multimarcas Dona Coisa, no Rio de Janeiro, faz o lançamento da campanha e fashion filme estrelado pela modelo e atriz, ao mesmo tempo que lança sete novas cores, além de algumas remanescentes, da mochila Carla e da bolsa Saquinho, em nova coleção cápsula, chamada 2,0, já que a primeira edição, lançada em abril, se esgotou antes do lançamento oficial, com 180 pedidos, já entregues.
A Frankie Amaury é hoje tocada pela diretora de estilo Renata Veras, sobrinha de Amaury Veras, e pelo diretor criativo Alexandre Schnabl. As peças são feitas de couro de cabra certificado, bem fino e toque macio. As alças são reguláveis e os metais personalizados. A mochila custa R$ 3.450 e a bolsa tipo saco, R$ 1,2 mil.
“Silvia é elegância eterna e beleza que atravessa o tempo, é o Rio que todos queremos que se perpetue”, afirma Schnabl. “Ela foi uma importante figura do círculo social do Tio Amaury e do Frankie. Marcou décadas e hoje é símbolo absoluto do antietarismo”, arremata Renata.
“Frankie Amaury faz parte da História da Moda Brasileira e é ícone do Rio. Os rapazes tiraram o couro do gueto country criando um lifestyle carioca irreverente, urbano e coloridíssimo, cheio de ginga, que conquistou o Brasil unindo o high society, a turma da moda e as celebridades”, afirma Silvia, amiga dos fundadores da marca e uma de suas estrelas-emblema nos anos 1980.
Para as fotos e vídeo, Frankie Amaury apostou no revival retrô: cobriu muros de Ipanema – reduto original de Frankie Mackey e Amaury Veras – e do Jardim Botânico, onde fica a Dona Coisa, com lambe-lambes com o logo new wave da marca, que serviram de fundo para o catwalk carioquíssimo de Silvia Pfeifer.
Para marcar o sucesso do relançamento da marca e a participação de Silvia na campanha, o hapenning, que acontece das 16h às 20h, com coquetel regado a espumante, foi convocada a dupla de artistas Pirilampos do Planeta, Lula Duffrayer e Flavio Carvalho, que desenvolve objetos a partir de elementos plásticos descartados do consumo cotidiano, para criar uma instalação artsy chamada “Badulaque Carioca”, inspirada no legado de Frankie Mackey e Amaury Veras. “Ela foi concebida com exclusividade para esse lançamento com técnica de assemblage e uso de resíduos descartados da sociedade carioca, que ganham brilho e design com a nossa releitura oitentista. É Frenéticas e lurex!”, entrega Lula. A Dona Coisa fica rua Lopes Quintas, 153, Jardim Botânico.
O ressurgimento da Frankie Amaury antecipa dois projetos relacionados à marca: uma biografia escrita também por Schnabl, a partir da pesquisa do acervo conservado por Renata, e um filme dirigido por José Henrique Fonseca, de “Bom dia, Verônica”, produzido pela Zola Filmes.
Tragédia
Em 2004, Amaury Vera foi encontrado morto em seu apartamento no Arpoador, com uma echarpe enrolada no pescoço. O caso foi tido, inicialmente, como suicídio, mas uma perícia descobriu que ele fora assassinado, com golpe na cabeça e, em seguida, enforcado. A suspeita, de acordo com o Ministério Público, recaiu sobre Frankie Mackey, que morreu em 2015, em Rosário, na Argentina, onde estava foragido desde 2006, quando a prisão preventiva foi decretada. Frankie morreu pouco tempo antes de ir a júri popular, mesmo estando em outro país. Após sua morte, o caso foi arquivado.