O estilista Weider Silveiro abriu o quarto dia da 57ª edição do SPFW, no shopping Iguatemi, com uma coleção que mistura ornamentos africanos com a alfaiataria urbana e elegante. Além dos trabalhos manuais, como crochê e aplicações de maximiçangas, algumas peças vinham com tecnologia que adiam a lavagem.
Trata-se do Stay Fresh, desenvolvida pela pela empresa sueca Polygiene, apresentada pela primeira vez no SPFW, baseada em cloreto de prata/sal de prata, que inibe o crescimento de bactérias causadoras de odores. A aplicação é feita durante a produção do tecido e Weider pediu para a Nanete Têxtil, sua parceira há anos, inserir essa “tecnologia invisível” nas malhas com elastano.
“Além de ser sustentável, economizando água e detergentes, as roupas têm mais durabilidade, pois passam por menos processos de lavagem”, afirmou o estilista.
O diretor comercial da Polygiene, Henrik kenton Russ, lembrou ao “Elas no Tapete Vermelho” que, pulando apenas uma lavagem, já se economiza 50% da água que seria usada para a higienização da roupa. “Além do odor do suor, o Stay Fresh inibe também odores externos, como de restaurantes, por exemplo.”
Desfile no SPFW
A coleção de Weider Silveiro trouxe o trabalho de modelagem e o artesanato inseridos no DNA contemporâneo e urbano da marca. Com uma cartela de cores enxuta, com marrom (a grande tendência do momento), preto, bege, verde-água e amarelo, as referências africanas não surgem de forma caricatural, mas em detalhes, como os roletês que contornam mangas, cinturas e quadris. E também na aplicação de contas esféricas, as maximiçangas, que ora constroem vestidos e top, ora são aplicadas espalhadas como enfeites nas peças, como no vestido marrom que é finalizado com franjas longas.
Peças em jeans nada óbvias, estampas que sugerem uma mulher nua, calças largas, tops mínimos e drapeados que acentuam a feminilidade também pontuaram a coleção.