Carol Trentini, Alessandra Ambrosio, Cintia Dicker, Marlon Teixeira, Shirley Mallmann e Candice Swanepoel são modelos conhecidos internacionalmente e já foram new faces um dia. Todos fazem parte do time da Way Model, capitaneada pelo empresário Anderson Baumgartner, que os lançou na carreira de modelo. E exatamente para dar chances a novos rostos, a agência realizou na noite desta quarta-feira (13), em São Paulo, o evento WAY Generation.
Desfile realizado no espaço ‘Rooftop em Casa’ apresentou 25 new faces da agência com foco na próxima temporada de moda, para convidados do segmento, como o diretor criativo do SPFW Paulo Borges. “O objetivo é mostrar para o mercado a importância das modelos nos castings de desfiles, nas campanhas e editoriais de revistas. Modelar é dar vida à arte da moda, emprestando a alma para a materialização de visões criativas, num diálogo expressivo que atravessa gerações”, reflete Anderson, que descobriu sua vocação como manager de modelos nos anos 1990, acompanhando o surgimento das supermodels.
Há mais de 25 anos na área, o dono da Way Model, agência que nasceu em 2007, falou recentemente ao “Elas no Tapete Vermelho” sobre como está a profissão hoje e deu alguns conselhos para quem quer seguir carreira na área. “As coisas mudaram muito. Quando comecei, a gente fazia reuniões com o modelo e falava para ficar quieto no estúdio, só falar se permitirem. O cliente não queria modelo dando opinião. Hoje, a modelo tem que se posicionar, mostrar o lifestyle dela, mostrar quem ela é. Ninguém quer trabalhar com gente que só faz festa nas redes sociais”, afirmou Anderson.
E foi mais além. “A moda é do algodão ao consumidor final, é uma cadeia inteira. Esse modelo vai representar o trabalho de muita gente: quem é essa menina? O que faz? Se o consumidor não se identificar com ela, não compra a roupa, o sapato.”
Dando, como é carinhosamente chamado, lembrou também sobre a abertura de mercado para modelos plus size, negros, indígenas, entre outros. “Hoje temos modelos plus size, curve, o que é maravilhoso. Elas têm uma representatividade maravilhosa. Abriu um leque muito grande de pessoas para trabalhar na área”, afirmou.
Ele recordou ainda que quando começou a trabalhar na agência Marilyn, nos anos 1990, havia apenas dois modelos negros. Hoje, o SPFW exige 50% de modelos afrodescentes e indígenas. “Isso é maravilhoso. Esses modelos levam a nossa cultura para o mundo e mostram que o Brasil é realmente diverso. Afinal, mais de 50% de nossa população é constituída de negros e indígenas. Temos que mostrar que o Brasil”, concluiu.