Casa de Criadores termina com inclusão e filha de Mano Brown

A Casa de Criadores sempre foi um espaço de rompimento de barreiras de criação e de preconceitos. A 53ª edição, que terminou neste domingo (10), no Centro Cultural Vergueiro, confirmou essa tradição, com desfiles que dão espaço a criadores e modelos trans, indígenas, pretos e pessoas com deficiência.

Domenica Dias, filha de Mano Brown (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)
Domenica Dias, filha de Mano Brown (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)

Os desfiles da edição acabaram com a apresentação da marca Yebo, de Domitila Dias, filha de Mano Brown, com modelos negros e de todas as sihuetas. A garota, que é atriz e cantora, também esteve na passarela. Teve ainda desfile com protesto indígena e a modelo Maju de Araújo, com síndrome de Down, cruzando a passarela do evento.

Vou Assim e Lua Ayou Ayana

Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)
Atelie Vou Assim + Luã Ayou Ayana (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

O dia começou coma apresentação do ateliê criativo Vou Assim e Lua Ayou Ayana com mensagem clara e forte “Vocês já compraram de travestis hoje. Nós também vendemos nossas roupas”, com peças feitas com texturas, rasgos e recortes.

Krixina

Desfile Krixina (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)
Desfile Krixina (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

Em seguida, a marca Krixina, de Marco Barboza, exibiu looks de linho e tecidos rústicos, com tingimento manual, para nômades urbanos e contemperâneos, apostando no conforto acima de tudo, em cortes de alfaiataria larga, sobreposta, descosturada, em tons que vão do cáqui ao azul, vermelho e laranja.

Desfile Krixina (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)
Desfile Krixina (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

Patricia Kamayura

Desfile Patricia Kamayura (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)
Desfile Patricia Kamayura (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)

Em seguida, veio a marca assinada pela estilista indígena Patricia Kamayura, que fez uma desfile-protesto, finalizando a apresentação com uma cartaz com os dizeres: “Nós indígenas somos guardiões da floresta”.

Desfile Patricia Kamayura (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)
Desfile Patricia Kamayura (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

Na passarela, roupas com pinturas indígenas, em tons de terra, vermelhas ou em preto e branco, com caimento e cortes perfeitos. Modelos, alguns índígenas, com os pés nos chão. Enfeites de miçangas com desenhos também indígenas enfeitavam alguns looks.

Leandro Castro

Leandro Castro (Foto: Andy Garcia/Agência Brazil News)
Leandro Castro (Foto: Andy Garcia/Agência Brazil News)

Leandro Castro apresentou roupas habilmente construídas em alfaiataria ampla, em modelagem agênera, criando silhuetas soltas e amplas, algumas com recortes inesperados, peças feitas com tiras entrelaçadas, tudo em preto e branco.

Leandro Castro (Foto: Andy Garcia/Agência Brazil News)
Leandro Castro (Foto: Andy Garcia/Agência Brazil News)

Teve ainda um look todo fechado, em silhueta orgânica, mais largos nos ombros, sem abertura para os braços. Efeito de passarela, apenas, mas muito criativo.

Priscilla Silva

Maju de Araújo (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)
Maju de Araújo (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)

A estilista Priscilla Silva apostou no off white e tingimento de rosa-clarinho para mostrar sua coleção com silhueta urbana, reta pronto para usar. A modelo Maju de Araújo desfilou para a estilista com look rosa em tons de rosinha manchado, com pregas na parte de baixo da calça larga.

Yebo

Desfile Yebo (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)
Desfile Yebo (Foto: Andy Santana/Agência Brazil News)

A marca Yebo finalizou as apresentações na sala Ademar Guerra, no Centro Cultural, com um elenco diverso, que entoou juntos, ao fim da apresentação o tema da coleção, como um mantra musical: “Eu também sou um anjo”, num claro protesto em relação ao preconceito com pessoas negras.

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