Marqueteira de empresa aérea executiva, jornalista, criadora de um dos primeiros sites de moda do Brasil, especialista em redes sociais e, de um tempo para cá, atuando no mercado de beleza, lançando influencers e criando novos produtos. A vida de Cecília Lima é uma roda-gigante de experiências e novidades. Tanto que, agora uma das sócias da Luk Cosméticos, acaba de lançar um produto inédito: o primeiro cosmético híbrido do mercado mundial, um gloss e lubrificante íntimo ao mesmo tempo.
Ter a coragem de jogar carreiras bem estabelecidas para o alto e se aventurar em mundos desconhecidos não é para poucos. Cecília Lima, 45 anos, não se apavora com desafios e não tem medo de arriscar. O lançamento do Gloss Cat, que custa R$ 49,90, é um bom exemplo, já que, após ficar sócia de uma empresa de cosméticos e com o diploma de química na mão, faculdade cursada durante a pandemia, percebeu a carência no mercado de produtos sensuais que se pode levar na bolsa ou deixar em casa sem assustar ninguém. Afinal, apesar de se falar mais abertamente sobre sexo hoje em dia que tempos atrás, ainda há alguns tabus que permanecem.
Exatamente para desmitificar assuntos como esse, chamou a influenciadora de sexo Fernanda Lopes, conhecida como Garota Bolada, que tem mais de 1,7 milhão de seguidores no instagram para uma collab de desenvolvimento do produto. Cecília falou com o “Elas no Tapete Vermelho” sobre o lançamento desse cosmético sensual, sobre o que a levou a entrar no mundo da beleza e sobre suas viradas na carreira, sempre movida a desafios.
Elas no Tapete Vermelho – Por que você resolveu criar um produto de beleza que também é sensual?
Cecília Lima – Desde que comecei no mundo dos cosméticos, vi a crescente demanda de produtos que entregassem algo mais. Fiz isso em muitos que estão assinados no mercado onde sempre trabalhei nos bastidores. Mas no caso dos cosméticos sensuais, foram muitas conversas informais com mulheres que, por medo, preconceito ou tabu, nunca se arriscaram a consumir produtos sensuais. Pensei: por que não? Essa foi uma das maiores motivações: poder fazer a mulher comprar o produto na perfumaria e na farmácia. Nossa ideia foi para ajudar as mulheres que possuem medo em se arriscar em lojas de sexy shop (algumas até se sentem mal nesses lugares) a terem um produto que possa permanecer na penteadeira sem medo ou pudor.
Elas no Tapete Vermelho – Por que resolveu chamar a Nanda Lopes?
Cecília Lima – Percebi que não dava apenas para criar algo, jogar no mercado e pronto. Quando vi a Nanda Lopes, achei que ela seria a voz perfeita para tirar o produto do sex shop e levar para farmácia e perfumaria. Ela sempre fala nas redes do “cat” perfeito (sexo oral) em suas redes e cursos.
Elas no Tapete Vermelho – Mas como um produto tipo gloss pode ser sensual também?
Cecília Lima – Esse produto é o primeiro cosmético híbrido do mercado mundial. Pode ser usado conforme sua imaginação. Com o aplicador direto nos lábios, funciona como gloss de potente ação hidratante e cicatrizante, trazendo um lindo efeito molhado sozinho ou por cima do seu batom preferido. Já nas partes mais íntimas (tanto para ele ou para ela) o Gloss Cat possui potente ação lubrificante, com textura não pegajosa, que passeia entre o quente, o frio e o vibrante, proporcionando um efeito sensorial alucinante.
Elas no Tapete Vermelho – Quais os testes pelo quais o produto passou?
Cecília Lima – Esse é um produto de grau 2 com notificação na Anvisa, ou seja, passou por testes em laboratórios certificados provando que cumpre tudo o que se dispõe a fazer. São testes de eficácia, segurança, dermatológico e ginecológico comprovados. Após 30 dias de uso, foram encontrados os seguintes resultados: 100% dos participantes relataram melhora das linhas/sinais dos lábios, mais hidratados; 80% dos participantes relataram, cicatrização e regeneração dos lábios secos e rachados. e 66,67% dos participantes relataram a região íntima mais hidratada. O gloss tem a fórmula vegana, não testada em animais e sem parabenos.
Elas no Tapete Vermelho – Fale um pouco sobre sua vida profissional, movida a desafios e novidades. Sua experiência pode incentivar outras pessoas a se arriscar e mudar de área profissional.
Cecília Lima – Atuei em todas os extratos da pirâmide social. Comecei na carreira atuando em marketing, trabalhando na aviação executiva, na qual lidei com 1% do PIB em eventos e ações. Cansei e joguei tudo para o alto. Cursei Design de Moda e Jornalismo, e criei um site para falar de jornalismo de moda – o “Closet Online”-, o primeiro especializado no assunto, que falava sobre economia, educação, além de tendências. Tinha até uma TV on demand. Com ele, acabei abraçando as redes sociais logo no começo e sendo uma das primeiras a falar nisso, dando palestras, cursos, aulas em faculdades. Por conta disso, abri uma agência que me permitiu trabalhar com gente muito relevante. Em 2011, já com agência, a Farmaervas me convidou para pilotar o projeto Tracta Blogs, para escolher e identificar as influenciadoras com poder de conversão. Lançamos Bruna Tavares, Niina Secrets, Evelyn Regly, Leticia de Paula, Milla Cabral e muitas e muitas meninas que hoje têm prestígio no que fazem.
Elas no Tapete Vermelho – Mas depois disso, você começou a largar o jornalismo de moda, a atuação nas redes para entrar de cabeça na produção de produtos de beleza até para as classes mais populares, não é?
Cecília Lima – Sim. O ano de 2016 foi um marco com a ida da Bruna Tavares para o varejo popular e, em 2018, meu ciclo se encerrou na Farmaervas, quando recebi uma proposta de uma marca do setor popular. Digo que foi meu doutorado. Por causa desse processo, me desafiei a entrar na faculdade de novo e cursar Química (imagine eu que sempre me considerei de humanas). Não foi fácil, mas consegui, mesmo com uma pandemia no meio. Desde o ano passado, senti que precisava de mais, não me sentia desafiada e não tinha o que criar, apesar de fazer licenciamentos importantes como da MGM para lançar produtos da linha da “Wandinha”. Depois disso, apareceu a oportunidade de ter algo mais e, ao lado de meu marido, topei o desafio de pilotar um negócio próprio junto com um sócio que já era meu amigo de longa data. Aqui estou, reformulando a Luk, uma marca ainda bebê, que fez dois anos em outubro, e que tem projetos para encarar de gente grande, incluindo outras parcerias.