Apesar das manifestações contra a morte do jovem morte de Nahel, um garoto de 17 anos baleado à queima-roupa por policiais em dia 27 de junho, durante um controle de trânsito em um subúrbio do noroeste de Paris, os desfiles de alta-costura, cuja semana começou dia 3 deste mês, estão dando o que falar. Nesta quarta-feira (5), Balenciaga apresentou sua coleção com o toque de criação de Demna Gvasalia.
O desfile terminou com um vestido de metal, com a parte de cima e debaixo plissada. A saia ampla era e estruturas nos ombros, que se assemelham a uma armadura. De acordo com a revista “Vogue” da França, o vestido demorou 10 meses para ser feito. Com peças produzidas em impressoras 3D, foi montado à mão. A modelo que desfilou disse em vídeo à revista que o modelo realmente era pesado.
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Com Anne Wintour e Cardi B na plateia, e Isabel Hupert na passarela, o desfile da grife trouxe a mão de Gvsalia realmente em tudo, motrando que a grife quer recuperar os anos de ouro que viveu até os escândalos que explodiram no final do ano passado, com denúncias de apologia à pedofilia em peças publicitárias, o que fez a marca despencar no ranking das grifes mais influentes, segundo o site Lyst.
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Modelagens largas, mulheres mais velhas na passarela, jeans manchados, casacos e cachecóis que pareciam aqueles de mágicos que ficam suspensos no ar surgiram no desfile, com muito preto, mas também branco, rosa, além de malhas de metais douradas e prateadas. Luvas também pontuaram a apresentação.
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Destaque para as golas de casacos e vestidos que davam a impressão de ombros mais altos, criando silhuetas fortes, com o colo valorizado. Maquiagem nude, com destaque apenas para um traço delineado, e cabelos com aspecto molhado, davam ênfase à roupa, muitas com pegada street, mas com o savoir-faire da alta-costura, que tem seus próprios códigos.