A 55ª edição do SPFW terminou neste domingo (28) confirmando sua vocação de apostar em diversidade e inclusão, mas nas passarelas do último dia, entre os destaques, estiveram a homenagem de Walério Araújo a sua amiga, cliente e musa Elke Maravilha, além de Reynaldo Gianecchini, Sílvia Pfeifer e Sérgio Marone no desfile de Lino Villanventura, último do evento, que contou com 41 desfiles, sendo 31 presenciais e 10 filmes fashion.
O último dia teve cinco desfiles: Fernanda Yamamoto, Walério Araújo, o estreante David Lee, Greg Joey e Lino Villaventura. Ao contrário dos quatro últimos, que se apresentaram no Komplexo Tempo, na Mooca, Fernanda mostrou sua coleção, com 30 looks, no Centro de São Paulo, pela manhã. Confira detalhes das coleções.
Lino Villaventura
O estilista Lino Villaventura convidou Reynaldo Gianecchini, Sérgio Marone e Sílvia Pfeifer, para o desfile final do evento. A atriz foi a última a entrar, com vestido furta-cor, puxado para o lilás, em clima de avatar. O look era formado por um patchwork de nervuras estruturadas, que lembravam escamas e remetiam a trend mermaid, de sereia.
Gianecchini fez duas entradas. A primeira, com um casaco assimétrico em tom arroxeado de barra assimétrica e mangas longuíssimas, com perfume medieval. A mesma textura se repetia no sapato.
O segundo, casaco longo e calça pretas, e camisa branca com pregas. Nas mãos, um colar de contas amarrado. Sérgio Marone entrou com um conjunto verde, com tecido brilhante. Para homens e para mulheres, mais uma vez, Lino foi o Lino de sempre, mas diferente.
Walério Araújo
O estilista Walério Araújo fez uma emocionante e alegre homenagem a Elke Maravilha no último dia do SPFW. Amigo e criador da maioria das roupas da apresentadora e jurada de TV desde os anos 1990, levou as cores da bandeira LGBTQIA+ aos seus brilhantes e poderosos looks.
E como ela era defensora da causa gay, aliás, uma das primeiras, o estilista, que no final entrou chorando na passarela, apostou no branco, vermelho, laranja, amarelo, azul-turquesa, azul-royal, roxo e preto. Cada tom representa um momento da vida de Elke, incluindo o júri do Programa do Chacrinha. Lindo o efeito da fila final, que remete à bandeira colorida. O arco-íris também se refletia no fundo da passarela e na maquiagem das modelos.
Fernanda Yamamoto
O térreo do tradicional Edifício Virgínia, no Centro de São Paulo, construído em 1951, foi cenário do desfile de Fernanda Yamamoto. O prédio passará por restauração a partir desta segunda-feira (29), sendo apresentada pela estilista a última performance artística que o espaço de 11 andares recebeu nos últimos meses.
As paredes e as colunas de concreto descascados acolheram as peças de Fernanda, carregadas de urbanidade mescladas à apurados trabalhos manuais. A estilista fez roupas sob medida para amigos e parceiros, sendo 22 mulheres e 8 homens, em tons de cinza, preto e branco, iluminados com toques de amarelos e rosa vivos. Tudo combinado perfeitamente com o lugar.
David Lee
O estilista cearense David Lee fez sua estreia no SPFW inspirado nas feiras livres. O crochê listrado em tons como terra e verde pontuaram a coleção, em calças, túnicas e camisas. Aliás, as camisas brancas de alfaiataria, com bordados vazados foram outro ponto alto da coleção, assim como os ternos com bolinhas coloridas penduras são dignos de destaque.
Greg Joey
A marca Greg Joey, penúltima a desfilar na 55 a edição do SPFW, propôs um alfaiataria leve e colorida, inspirada no filme “Drowning Marks”, do diretor Peter Greenaway, em tons acesos de verde, azul, rosa, branco e preto. Destaque para as pregas finas em camisas, dando ar ainda mais fresh aos looks. Vestidos, túnicas e calças marcaram presença na passarela.