Discoteca, looks invertidos e teatro se unem na alta-costura

Que tal uma ida à discoteca com roupas de alta-costura? Ou com looks que subvertem a noção da gravidade, com saias com as barras para cima ou na vestidos colocados na diagona, por exemplo. Ou a estreia de um colombiano, Haider Ackermann, em parceria com Jean-Paul Gaultier, para o Olimpo da alta-costura, com uma coleção teatral e dramática? Estes foram os destaques do penúltimo dia da semana de alta-costura de Paris.

Desfile Viktor&Rolf (Foto: Reprodução/Instagram/@viktorandrolf))
Desfile Viktor&Rolf (Foto: Reprodução/Instagram/@viktorandrolf)

Veja detalhes dos desfiles

Club anos 80

Se Giorgio Armani já havia levado a vontade de dançar em seu desfile na terça-feira (24), Valentino potencializou essa tendência que promete vir forte com seu desfile chamado Le Club Couture, com a coleção Le Club Couture, com seus blazers, laços, babados inventam novas arquiteturas ao redor dos corpos, ao lado de póas bolinhas e listras, que são reinterpretadas através do corte, formando novas dimensões de looks, com detalhes deslocados, ampliados e sobrepostos. Tudo para lembrar a noite dos clubbers dos anos 1980.

Nas cores, preto, branco e o famoso PP Pink, lançado no ano passado pelo estilista Pierpaolo Piccioli em parceria com a Pantone. No material de divulgação da marca, a explicação da proposta: “E dentro da arena igualitária do clube, a própria Couture se transmuta ideologicamente: pode se tornar democrática, uma proposta de gozo universal, um símbolo de ressonância emocional”. O desfile foi sob a tradiconal ponte Alexandre III, um dos cartões postais de Paris e começou as 21h30, para dar o clima ainda mais de discoteca à apresentação que teve mais de 80 looks.

De ponta-cabeça

A dupla Viktor & Rolf gosta de subverter a ordem das roupas, com silhuetas inesperadas, como os maxiombros mostrados recentemente. Dessa vez, os vestidos que lembram de debutantes, com toque de romantismos, beiravam o surrealismo, ora com a barra para cima, literalmente, ora deslocados do corpo, ou com a abertura do pescoço na barriga ou colocados de forma diagonal. Nada normal, nada usual, mas sempre necessário mostrar que nada precisa ser certinnho num mundo em que convenções podem ser colocadas de cabeça para baixo, por bem ou por mal. Moda é tempo de refleção também.

Teatral

A colaboração do colombiano Haider Ackermann, para a grife Jean-Paul Gaultier, que tem aberto seu espaço de alta-costura para que outros estilistas mais novos reinterpretem tanto sua história quanto a própria “couture”, teve um ar teatral, elegante e chique. Teve até uma releitura do sutiã cônico criado para Madonna usar na turnê “Blonde”, em 1990. E os ternos longilíneos, as silhetas amplas nos ombros, os vestidos ajustados, inspirados nas silhuetas de papagaio da coleção de alta costura 1997-1998. Uma belezura digna de tapete vermelho.

 

Leia Também

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui