A semana de moda de Milão termina oficialmente nesta segunda-feira (26), quando começam os desfiles de Paris. Um dos mais importantes eventos fashion da atualidade, com marcas que têm ditado os rumos da moda mundial – leia-se Gucci, Dolce & Gabbana, Prada, Bottega Veneta, Versace, entre outros, cada vez mais faz por merecer a fama.
Com desfile que contou com 68 gêmeos univetlinos na passarelas, vestindo roupas idênticas, a Gucci, de Alessandro Michele; a parceria de Dolce & Gabbana com Kim Kardashian, que foi a musa do estilistas siciliano Domenico Dolce e Stefano Gabbana para a coleção primavera-verão 2023; teve a volta de Kate Moss na passarela; Paris Hilton de noiva pink; e a estreia da marca Avavav, de Florença, com todos os modelos levando o maior tombo na passarela. E a Prada, com a criação de Miuccia Prada e Raf Simons, que exarcebram com delicadeza o conceito de uma roupa simples e crua, sem excessos.
Confira os desfiles e e inspire-se
Gucci e os 68 gêmeos
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“Como por mágica, as roupas se duplicam. Parecem perder seu status de singularidade. O efeito é alienante e ambíguo. Quase uma cisão na ideia de identidade e, em seguida, a revelação: as mesmas roupas emanam qualidades diferentes em corpos aparentemente idênticos”, afirmou Alessandro Michele sobre o desfile Gucci Twinsburg. O estilista se inspirou na sua infância, vivida junto com sua mãe e sua tia, que eram irmã gêmeas. A dualidade que reside em cada pessoa e, ao mesmo tempo, o sentimento de irmandade necessário para nossa “viagem neste planeta”, também guiaram o estilista, que em 2018 apresentou uma coleção em que modelos levaram um replica de suas cabeças na mão.
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O desfile aconteceu com a passarela dividida por uma espécie de parede, com cada gêmeo desfilando de um lado. No final, a parede se abriu e os irmãos entravam com as mãos dadas, revelando a dualidade do desfile (veja a aparesentação a partir do minuto 30 do vídeo acima).
Dolce & Gabbaba x Kim Kardashian
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“Kim Kardashian é a diva contemporânea e a musa suprema. Sua confiança, independência e sensualidade, juntamente com seu amor pelas lendárias peças #DolceGabbana, inspiraram Domenico Dolce e Stefano Gabbana a revisitar os arquivos dos anos 1990 e 20000. O resultado é a coleção #DGSS23 com curadoria de Kim pessoalmente, uma alquimia mágica entre a criatividade dos designers e sua visão inclusiva de beleza”, escreveu a marca no Instagram. O resultado são roupas sensuais, como bodies, com brilho, transparência e decotes, em preto, prata e bege. No final, a própria Kim fecha a aparesentação com um longo preto justo cravejado de cristais.
Bottega Veneta
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Kate Moss apareceu assim despretensiosamente no desfile da marca Bottega Veneta, que tem como diretor criativo Matthieu Blazy, em sua segunda coleção para a casa italiana. Como num revival do grunge atualizado, a supermodel dos anos 1990 desfila como se tivesse saído de casa, com calça baggy, camiseta regata e camisa xadrez por cima. Uma visão mais limpa do grunge que deu as caras na década de 1990.
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Para contrapor a simplicidade das roupas, a sala foi montada com 400 cadeiras coloridas e estampadas feitas pelo artista artista plástico Gaetano Pesce, de 82 anos, também responsável pela passarela de resina com desnhos coloridos. As cadeiras serão colocadas à venda. De acordo com a revista Vogue, os looks de abertura, como o de Kate Moss, a sexta a entrar na passarela, apesar de parecerem jeans, algodão e flanela, eram todos de couro. A camisa de Kate exigiu 12 camadas de estampas para atingir a profundidade de cor que o estilista buscava, descreveu a revista. “É esse tipo de conforto casual e nós o buscamos ao extremo e chamamos isso de banalidade perversa”, disse Matthieu Blazy à publicação.
Prada sem excessos
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A Prada, com Miuccia Prada e Raf Simos, mostrou uma coleção sem excessos. “As roupas giram em torno do conceito de simplicidade, sem complicações desnecessárias. Muitas vezes voltamos a esse conceito que nos atrai do ponto de vista político, teórico e estético. Nesta coleção tentamos combiná-lo com a ideia de ornamento, de beleza, de como decorar e embelezar, mantendo-se simples”, disse Miuccia Prada à Agência Ansa. No começo, ternos secos mostravam a ideia de uniformes, mas aos poucos, cores ornavam os looks secos, com alguns detalhes que não fugiam das formas cruas e secas.
Noiva pink
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Paris Hilton se transformou numa noiva Barbie na passarela da grife Versace, com look de rosa frformado por vestido de malha de cristal, véu luvas e sapatos. O look é uma recriação de um vestido prateado usado em 2000 para seu aniversário de 21 anos.
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A grife levou outras noivas diferentonas para a passarela, como a modelo Bella Haddid vestindo look todo roxo, também com direito a véu e tiara, além de outros pretos e rosa, numa misturada de religiosidade e sensualidade, que é a cara da grife (deslize as fotos no carrossel abaixo para ver).
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Tombos
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A estilista Beate Karlsson se dedicou ao escapismo e adotou um “estilo vulgar” com um foco central – parecer rico, na estreia da marca Avavav na Semana de Moda de Milão. E, segundo publicação nas redes sociais, a grife apresentou uma coleção que brinca com a fixação de status da moda. “Como muitos outros, eu ansiava por dinheiro no ano passado, por onde quer que eu vá, isso faz parte da discussão. Como resultado, quero parecer rico, me sentir rico e quero levar isso a um nível ultrajante. Por mais bobo que possa parecer, aproveitei minha falsa riqueza neste clima difícil. Quis fazer uma paródia de um desfile de moda para acompanhar o tema patético desta coleção, e a extrema superficialidade da moda, numa altura em que tantas riquezas falsas correm o risco de cair com força”, disse a Beate Karlsson.
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Essa queda foi literal na passarela, com todos os modelos caindo no meio do desfile, ação que sempre causou espanto, estupefação e pena da plateia. E também títulos de matérias (como essa que você lê). Uma verdadeira provocação ao mundinho fashion e seus desfiles em salas fechadas.