“Ter depressão é lidar com preconceitos”, diz Talytha Pugliesi

A modelo e atriz Talytha Pugliesi, 39 anos, tem depressão há 11 anos, mas o quadro se intensificou em 2018, quando passou por um luto, uma grande perda. Sem se furtar a expor abertamente sua história, ela gravou vídeo exclusivo ao “Elas no Tapete Vermelho”, falando sobre o problema.

Talytha Pugliesi (Foto: Pupin e Deleu/Divulgação)
Talytha Pugliesi (Foto: Pupin e Deleu/Divulgação)

E diz que ter depressão é lidar com preconceitos, principalmente em relação a doenças mentais e a quem toma remédio. “Muita gente fala: sua vida é perfeita, por que motivo você tem depressão?”, relata, ao lembrar que também já se cobrou ao se ver infeliz. “Tive de lidar com muito choro, muita tristeza, muita culpa”, contou.

O depoimento de Talytha faz parte da série de vídeos que o “Elas”, em parceria com o Portal Terra, publicará até sexta-feira (12), com depoimentos de mulheres sobre vários assuntos. O tema depressão é um dos mais sensíveis ao mundo feminino. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada homem com a doença, duas mulheres sofrem com o mesmo problema. A depressão atinge 4,4% da população mundial, mas no Brasil, esse número sobe para 5,8%.

Confira o vídeo abaixo

Possíveis causas

Segundo o médico psiquiatra Cyro Masci, várias hipóteses tentam explicar essa discrepância. “De modo geral, fatores sociais, biológicos e emocionais se combinam para, em graus variados, facilitarem o aparecimento da depressão nas mulheres”, afirmou o médico.  Os hormônios estão entre as possíveis causas apontadas pelo profissional.

“Enquanto homens têm uma flutuação mínima de hormônios, as grandes mudanças acontecem na puberdade e na andropausa, a mulher possui um ciclo mensal de mudanças. Não é incomum mulheres relatarem alterações no humor que incluem tristeza e depressão perto da menstruação”, explicou.

Talytha Pugliesi (Foto: Du Borsatto/Divulgação)
Talytha Pugliesi (Foto: Du Borsatto/Divulgação)

Talytha afirmou no vídeo que, apesar de a depressão estar controlada no momento, por conta dos dois remédios que toma e outros práticas alternativas, que para ela trazem bem-estar, como ioga, meditação, xamanismo e uso de óleos essenciais, percebe que durante a TPM, o sentimento se acentua.

A modelo dá um conselho para quem está passando pelo problema: “É preciso se aceitar, se acolher. Nos momentos difíceis, se apeguem em razões de viver, no que é importante para você. Mesmo nos momentos de sombra, isso ainda está dentro do coração”.

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