Reinaldo Lourenço pensou num chá imaginário entre a rainha Victoria da Inglaterra e os punks, para seu inverno 2020. Não deu outra. O couro, sempre presente na história do estilista, veio com ilhoses e tachas, se misturando a outros materiais mais leves, como bordado inglês, seda, lamê, gabardine de algodão etc. Na passarela, modelos veteranas, como Carol Ribeiro, que abriu o desfile anterior, da Bobstore, com carinhas mais novas.
O estilista cita no material de divulgação que seus “softpunks” são cultos e cordiais. Por isso, colocou nesse encontro inusitado golas tipo rufo, mangas bufantes e babados. Looks que lembram as roupas da realeza do final de 1800, quando a Victoria mandava no Reino Unido. Tudo atualizado para os dias de hoje mais atual do que nunca.
Não podiam faltar flores vermelhas na coleção que vem com muito preto, além de vermelho, rosa, azul, off-white, roxo, prata e dourado, assim como pitadas de branco, como na camisa branca, peça que cada vez mais tem sido revisitada, em versões variadas, nas passarelas.
Tem vestido romântico, tem calça cargo prata, tem transparência, tem casacos, tem jaqueta com ilhoses e calças de couro, tem camisa branca, tem meia arrastão e botas brancas.
Tem de tudo um pouco para uma moda que não precisa ser mais certinha, que pode mesclar looks românticos, em tons suaves ou mais fortes, com chokers de tachas e ilhoses como enfeites (fotos acima) e com looks mais pesados, em couro preto (fotos abaixo).