A Cotton Project, que tem em seu DNA o conforto aliado ao tecido que dá nome à marca, lançou neste SPFW a linha feminina dentro do mesmo conceito masculino: relax. Mesmo partindo do conceito de “hiperrrealidade”, em que se mistura ficção e realidade, a marca trouxe uma roupa atemporal, mas dentro das tendências atuais.
Entre elas, blazers largos, como tem se visto em passarelas mundo afora, usados com bermudas, tanto para eles quanto elas. Chemise listrada, calças confortáveis, vestes mais compridas, em tons claros ou mais acesos, como o amarelo, outra tendência do momento. Lenços usados na cabeça, como nos anos 60, ao lado de óculos gatinho.
O conforto da marca chega também aos pés, com mocassins para ambos os sexos. Bolsas de rede, outra tendência já vista, também fez parte do styling da marca. E de forma discreta, a marca colocou em suas estampas desenhos de posições sexuais, que lembram o kamasutra e que de longe parecem prints inocentes.
A Cotton Project trouxe um discurso político no material de divulgação, em que conta como o conceito da hiperrealidade foi criado na Rússia dos anos 1980, para fazer uma propaganda positiva do sistema que já estava se desmoronando, chegando até nossos dias, com a propaganda política de Trump e as redes sociais. Na passarela, mostrou que é possível se refugiar no conforto de suas peças.Mas no final, mais um recado político. Os proprietários Rafael Varandas e Guilherme Neves entraram com adesivo do pró-Haddad colado nas camisetas.